No último 16 de junho, aconteceu a final do 2º Torneio Internacional
Militar de Vôlei Sentado, em Curitiba. A Seleção Brasileira Militar, da qual o
professor e atleta de Ubatuba Juan Ricardo Feindt Urrejola faz parte, ficou em
1º lugar na competição.
O torneio reuniu atletas de três países (Argentina, Colômbia e Estônia),
além de três equipes brasileiras: a Seleção Brasileira Militar, o Círculo
Militar de Curitiba e a equipe de Associação de Vôlei Paralímpica (AVPL). O vôlei
sentado é uma modalidade que vem crescendo no mundo inteiro.
“A conquista desta Paracopa Internacional Militar vem coroar, não o
atleta Juan, e sim, o modelo de gestão do paradesporto em Ubatuba, priorizando
e fortalecendo a base e reciclando os conhecimentos dos profissionais”, comentou
o atleta.
Segundo ele, com o desempenho, a Seleção Brasileira Militar mostrou que
a equipe está capacitada para competir internacionalmente. Os próximos desafios
previstos para o time são os “Invictus Games”, no Canadá, e os Jogos Mundiais
Militares que, provavelmente, serão na Grécia.
O diretor regional do Sesc PR, Carlos Alberto de Sotti Lopes, ressaltou
que “o Brasil é uma potência na modalidade paralímpica, com a conquista de
muitos títulos mundiais, inspirando pessoas de todo o mundo”.
Ubatuba
Urrejola fez uma análise prévia sobre o cenário esportivo-inclusivo em
Ubatuba. “Vejo Ubatuba moldada aos melhores padrões nacionais, como o Comitê
Paralímpico Brasileiro (CPB) ou internacionais, como Bósnia e Eslovênia, onde
tive a oportunidade de competir e, principalmente, aprender”, disse.
Ele ainda continuou, trazendo a inclusão e o esporte para o contexto
escolar, que é com o qual trabalha. O atleta reforçou a importância de os
profissionais focarem nas habilidades dos alunos e não nas suas limitações que,
segundo ele, é o que cria um ambiente inclusivo nas aulas e promove condutas
positivas de inclusão na sociedade.
“Quando falamos em inclusão, pensamos em um só caminho: como podemos
trazer o PCD para a realidade do nosso cotidiano, adaptando os territórios de
trabalho e aprendizagem para melhor acolhermos esta fatia da população? Na
realidade, a ideia é pensar no caminho inverso: incluir as pessoas sem
deficiências no mundo real dos PCDs e o esporte talvez seja o caminho mais
democrático para a construção desta ponte”, finalizou o professor.