A Fundação da Criança e do Adolescente (Fundac) de Ubatuba apresentou, na noite da última segunda-feira, 19, o novo Programa de Acolhimento Institucional de Ubatuba...
Categoria: Saúde - Publicado em 22-04-2010
Fonte:
Esta notícia foi lida 533 vezes
O trabalho consiste no fortalecimento e valorização da família, além de proporcionar aos jovens acolhidos ferramentas que irão ajudar na sua formação para a vida adulta
A Fundação da Criança e do Adolescente (Fundac) de Ubatuba apresentou, na noite da última segunda-feira, 19, o novo Programa de Acolhimento Institucional de Ubatuba. O evento aconteceu na Secretaria Municipal de Educação e contou com a presença de diversas autoridades, entre elas, o vice-prefeito Rui Teixeira Leite, o juiz de Direito da Comarca de Ubatuba, João Mário Estevan da Silva e o promotor de Justiça da Vara da Infância e Juventude, Percy José Cleve Küster.
Segundo a presidente interina da Fundac, Rozemara Cabral, o novo programa tem como base o fortalecimento familiar, por meio do apoio psicossocial, onde se consiga criar, dentro da própria família, condições que evitem o afastamento das crianças ou adolescentes, tornando acolhimento no abrigo uma medida aplicada somente em último caso.
“Estamos buscando o fortalecimento da integridade familiar em um trabalho conjunto que busca evitar o acolhimento institucional, pois sabemos que este é um trauma muito difícil de apagar. Sabemos que conflitos acontecem em todas as famílias, mas estamos propondo uma força-tarefa entre prefeitura, conselhos, Fundac e sociedade civil para que o abrigo seja uma ferramenta usada somente em casos extremos, como preconiza a nova legislação”.
Trabalho integrado
O juiz de Direito da Comarca de Ubatuba, João Mário Estevan da Silva, ressalta que o trabalho integrado é essencial para minimizar o sofrimento dos jovens. “Se as entidades envolvidas com a questão não fizerem um trabalho integrado, todo o esforço será em vão.
Não deve haver individualismo e sim, um trabalho desenvolvido em prol do ser humano. O que me deixa feliz e confiante é saber que existe uma grande vontade de mudar e muitas pessoas, dos diversos setores, interessadas nisso”.
Na opinião do promotor Percy Küster, “todo acolhimento é discriminatório, ceifando o direito sagrado de conviver com a família. Essas referências são fundamentais para a formação do indivíduo, tendo em vista que o próprio convívio é uma terapia valiosa. O novo programa que está sendo desenvolvido em Ubatuba tem uma visão realista, pois é muito mais barato investir em prevenção do que em acolhimento. Com a implantação desse programa que foi apresentado à sociedade e que já se encontra em curso, Ubatuba sai na frente de muitas outras cidades do estado de São, sendo a primeiro município a implantar no Litoral Norte”.
Casa Ninho
Rozemara explica que o abrigo de Ubatuba, hoje chamado de “Casa Ninho”, também passou por reformulações que visam dar melhor estrutura para os jovens que não têm outra opção. Segundo ela, uma das medidas foi mudar a instituição para um imóvel diferente. “O antigo abrigo passava a impressão de que as crianças estavam numa instituição prisional. Estamos buscando proporcionar a elas uma rotina mais próxima à realidade de uma casa e uma estrutura de caráter formativo, onde consigam construir uma autonomia que será útil para vida fora do abrigo. Esse é o significado da palavra “ninho”. Eles estão ali de passagem e precisam aprender a voar”.
Outra proposta interessante é montar outra casa, para os menores que ficarão sob tutela do Estado até atingir a maioridade. “Pretendemos implantar uma dinâmica diferente nessa casa, sob os cuidados de uma “mãe-social”, que no nosso programa se chamará educadora-cuidadora-residente, para criar uma relação de família mais próxima da realidade e ensiná-los a ter uma vida autônoma, onde os “irmãos” mais velhos ajudarão os mais novos a construir um caminho e uma identidade, em que eles saibam que são capazes de crescer, realizar e buscar a felicidade”, afirma Roze.
O apadrinhamento sócio-afetivo também faz parte do novo Programa de Acolhimento Institucional. “Existem pessoas que não querem adotar uma criança legalmente, mas tem interesse em ajudar de alguma forma. Essas pessoas podem ter um papel especial na vida das crianças, levando-as para passear, pagando um curso de aperfeiçoamento, proporcionando uma viagem, e principalmente, servindo de referência para elas no mundo aqui fora. Esse padrinho pode se tornar um vínculo importante quando o jovem não estiver mais sob a tutela do Estado.”
(Fonte: Assessoria de Comunicação – PMU)
Categoria: Saúde - Publicado em 22-04-2010
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Esta notícia foi lida 533 vezes
O trabalho consiste no fortalecimento e valorização da família, além de proporcionar aos jovens acolhidos ferramentas que irão ajudar na sua formação para a vida adulta
A Fundação da Criança e do Adolescente (Fundac) de Ubatuba apresentou, na noite da última segunda-feira, 19, o novo Programa de Acolhimento Institucional de Ubatuba. O evento aconteceu na Secretaria Municipal de Educação e contou com a presença de diversas autoridades, entre elas, o vice-prefeito Rui Teixeira Leite, o juiz de Direito da Comarca de Ubatuba, João Mário Estevan da Silva e o promotor de Justiça da Vara da Infância e Juventude, Percy José Cleve Küster.
Segundo a presidente interina da Fundac, Rozemara Cabral, o novo programa tem como base o fortalecimento familiar, por meio do apoio psicossocial, onde se consiga criar, dentro da própria família, condições que evitem o afastamento das crianças ou adolescentes, tornando acolhimento no abrigo uma medida aplicada somente em último caso.
“Estamos buscando o fortalecimento da integridade familiar em um trabalho conjunto que busca evitar o acolhimento institucional, pois sabemos que este é um trauma muito difícil de apagar. Sabemos que conflitos acontecem em todas as famílias, mas estamos propondo uma força-tarefa entre prefeitura, conselhos, Fundac e sociedade civil para que o abrigo seja uma ferramenta usada somente em casos extremos, como preconiza a nova legislação”.
Trabalho integrado
O juiz de Direito da Comarca de Ubatuba, João Mário Estevan da Silva, ressalta que o trabalho integrado é essencial para minimizar o sofrimento dos jovens. “Se as entidades envolvidas com a questão não fizerem um trabalho integrado, todo o esforço será em vão.
Não deve haver individualismo e sim, um trabalho desenvolvido em prol do ser humano. O que me deixa feliz e confiante é saber que existe uma grande vontade de mudar e muitas pessoas, dos diversos setores, interessadas nisso”.
Na opinião do promotor Percy Küster, “todo acolhimento é discriminatório, ceifando o direito sagrado de conviver com a família. Essas referências são fundamentais para a formação do indivíduo, tendo em vista que o próprio convívio é uma terapia valiosa. O novo programa que está sendo desenvolvido em Ubatuba tem uma visão realista, pois é muito mais barato investir em prevenção do que em acolhimento. Com a implantação desse programa que foi apresentado à sociedade e que já se encontra em curso, Ubatuba sai na frente de muitas outras cidades do estado de São, sendo a primeiro município a implantar no Litoral Norte”.
Casa Ninho
Rozemara explica que o abrigo de Ubatuba, hoje chamado de “Casa Ninho”, também passou por reformulações que visam dar melhor estrutura para os jovens que não têm outra opção. Segundo ela, uma das medidas foi mudar a instituição para um imóvel diferente. “O antigo abrigo passava a impressão de que as crianças estavam numa instituição prisional. Estamos buscando proporcionar a elas uma rotina mais próxima à realidade de uma casa e uma estrutura de caráter formativo, onde consigam construir uma autonomia que será útil para vida fora do abrigo. Esse é o significado da palavra “ninho”. Eles estão ali de passagem e precisam aprender a voar”.
Outra proposta interessante é montar outra casa, para os menores que ficarão sob tutela do Estado até atingir a maioridade. “Pretendemos implantar uma dinâmica diferente nessa casa, sob os cuidados de uma “mãe-social”, que no nosso programa se chamará educadora-cuidadora-residente, para criar uma relação de família mais próxima da realidade e ensiná-los a ter uma vida autônoma, onde os “irmãos” mais velhos ajudarão os mais novos a construir um caminho e uma identidade, em que eles saibam que são capazes de crescer, realizar e buscar a felicidade”, afirma Roze.
O apadrinhamento sócio-afetivo também faz parte do novo Programa de Acolhimento Institucional. “Existem pessoas que não querem adotar uma criança legalmente, mas tem interesse em ajudar de alguma forma. Essas pessoas podem ter um papel especial na vida das crianças, levando-as para passear, pagando um curso de aperfeiçoamento, proporcionando uma viagem, e principalmente, servindo de referência para elas no mundo aqui fora. Esse padrinho pode se tornar um vínculo importante quando o jovem não estiver mais sob a tutela do Estado.”
(Fonte: Assessoria de Comunicação – PMU)