A Associação Comercial de Ubatuba alerta mais uma vez seus associados sobre o “golpe da lista telefônica” e outras ações que utilizam nomes de empresas idôneas para cometerem as fraudes.
Alguns associados têm procurado a entidade para relatar a ocorrência desses golpes onde uma pessoa liga afirmando pertencer a uma editora de lista de telefones e pede para confirmar os dados através de assinatura num fax, que na verdade é depois adulterado e preenchido com valores não contratados para publicidade e posteriormente são cobrados.
Já em outros casos, falsários ligam para o empresário afirmando que são de algum cartório de protestos e que se a dívida não for negociada urgentemente ela será protestada.

De acordo com as denúncias, as ligações são feitas, normalmente, por empresas desconhecidas, localizadas em grande número nas cidades de Piracicaba e Campinas-SP, contendo nomes como Associação Comercial Nacional, Central Brasileira de Listas Telefônicas ou Central Brasileira de Publicidade.

“Eu recebi uma cobrança no valor de R$1.457,60 que poderia ser parcelada em quatro vezes de R$ 364,40. Se eu não tivesse me informado e questionado esse valor e o porquê da cobrança eu teria tomado o maior prejuízo”, conta um associado que foi uma das vítimas do golpe nesta semana.

Segundo o delegado da Policia Civil de Ubatuba, Fausto Geraldo Moro Cardoso, esse golpe está acontecendo no estado inteiro e só neste ano Ubatuba já tem três casos registrados. “Esse golpe é mais um daqueles nos moldes do antigo golpe do seqüestro, quando alguém liga dizendo que está em poder de um parente seu e solicita informações e dados pessoais. Jamais passe qualquer tipo de informação por telefone e os cartórios nunca ligam para fazer algum tipo de cobrança”, alerta o delegado.
Os cartórios de protesto não ligam e não mandam mensagens eletrônicas comunicando a existência de algum débito e muito menos orientam a procurar o suposto credor para negociação da dívida, eles encaminham uma notificação pessoal para os devedores, ou a fazem através de edital no jornal.
O eventual contrato assinado jamais deve conter espaços em branco que permitam a outra parte preenchê-los, pois pessoas de má fé fraudam o documento para utilizar os dados originais de outras formas e, assim, extorquir dinheiro posteriormente, além de causar outros transtornos.
Para evitar estes tipos de golpes, além de consultar um advogado, os empresários devem estar atentos a alguns detalhes, como:
- verificar se o cartório que envia o protesto realmente existe e, sobretudo se é do município em que a empresa está instalada;
- nunca assinar ou carimbar documentos/papéis/ contratos sem antes lê-los com atenção e evitar fazê-los via fax;
- orientar todos os funcionários para sempre procederem da mesma forma e ainda questionar o proprietário ou responsável pelo estabelecimento.
- em caso de coação ou pressão da cobrança indevida, fazer um Boletim de Ocorrência.

 

Assim, fica o alerta para que todos os associados e demais empresários possam promover medidas que impeçam essa prática. Recomendamos às empresas que por ventura tenham recebido estas cartas de cobrança ou algum tipo de ligação, que notifiquem por escrito explicando que não fizeram nenhum pedido de serviço, ou, se for o caso, acionem judicialmente estas empresas, a fim de que possam evitar maiores dissabores no futuro, como por exemplo, ser protestada indevidamente por um serviço que jamais contratou.

Evitem fazer qualquer pagamento e quem já o fez procure orientação jurídica. É importante e necessário repetir que jamais se forneçam dados pessoais ou da empresa por telefone, fax ou e-mail.

(Fonte:ACIU)