Contabilidade do Ministério da Saúde aponta que cerca de 3.500 dos 5.564 municípios brasileiros (63,9%) estão infestadas pelo mosquito Aedes aegypti, causador da dengue. O motivo, segundo o ministério, são as condições ambientais favoráveis à proliferação do mosquito.
Com a proximidade da época das chuvas, a situação poderá piorar. Nesta segunda-feira, o ministro da Saúde, José Gomes Temporão, lança um conjunto de medidas a serem tomadas para tentar evitar a propagação da doença o país.
Em portaria publicada na sexta-feira (10), o Ministério da Saúde informa a respeito da circulação dos três sorotipos e ressalta que a situação aumenta a proporção de casos graves e a incidência em menores de 15 anos.
Entre aqueles que mais contribuem para a proliferação do mosquito estão instalações comerciais e industriais, que podem, segundo o ministério, ter relevante potencial para persistência de criadouros do Aedes aegypti.
A portaria traz ainda a recomendação às secretarias municipais e Estaduais de todo país de intervir em ambientes propícios à proliferação do mosquito. Para isso, recomenda que sejam desenvolvidas estratégias para orientar os proprietários ou locatários de imóveis comerciais e industriais, públicos ou privados, para que tomem medidas eficazes na eliminação de criadouros.
Recentemente, uma parceria entre o Creci (Conselho Regional de Corretores) e a Secretaria Estadual da Saúde prevê que corretores vistoriem e combatam focos de dengue em imóveis fechados disponíveis para venda e locação em São Paulo.
O texto estimula ainda que sejam criados mecanismos legais para constatar irregularidades e punições para quem mantiver condições propícias aos criadouros.
Por fim, a portaria cita a necessidade de adoção de procedimentos para o melhor gerenciamento de lixo e vedação de reservatórios, calhas e lajes de imóveis para evitar que a água emposse. (Fonte: Uol)