A Prefeitura de Ubatuba passou a contar com uma nova ferramenta de trabalho, que contém informações diversas sobre o município e visa facilitar o cruzamento de dados de diversas áreas, dando agilidade e abrindo novos horizontes no que diz respeito ao planejamento municipal. Trata-se de um banco de dados georelacional, um sistema de informação, de múltipla utilidade, viabilizado através de recursos do Comitê de Bacias Hidrográficas do Litoral Norte (CBH-LN), em parceria com a Fundação de Ciência, Aplicação e Tecnologias Espaciais (Funcate).
Nos dias 20 e 21 de fevereiro, a Funcate ministrou um curso para mais de 20 pessoas, entre funcionários municipais de diversas secretarias, ONGs e outras entidades interessadas, com o objetivo de capacitá-los para a utilização do novo banco de dados. “Fiquei realmente surpreso com o resultado do curso. A área georelacional dificilmente desperta o interesse das pessoas, mas durante o curso todos os participantes estiveram atentos e interessados. Foram oito grupos, com integrantes de diferentes áreas, que certamente utilizarão o banco de dados, mais do que eu esperava”, conta, realizado, o engenheiro ambiental e sanitarista, Francisco Nunes Lopes, um dos idealizadores e executor do projeto.
Visão detalhada
A bióloga Alessandra Panza, da Associação Socioambientalista Somos Ubatuba (ASSU), foi uma das participantes do curso. “É uma excelente ferramenta de trabalho, que ‘casa’ muitas informações, proporcionando uma agilidade muito maior na busca de dados e planejamento de ações ambientais”. Jéferson Castilho, engenheiro agrônomo da Secretaria Municipal de Agricultura, Pesca e Abastecimento, afirma: “tendo o conhecimento deste programa, obteremos uma facilidade muito maior na localização de áreas de preservação permanente, mananciais e áreas agrícolas, por exemplo. Além da logística de escoamento da produção, ajudando no planejamento das ações da secretaria”.
O gerente de paisagismo e educação ambiental da Secretaria Municipal de Meio Ambiente, Farid Nassar Junior, concorda: “este programa vai ser muito importante, possibilitando uma ampla visão sobre restrições ambientais e legislações, tornando o planejamento mais depurado e permitindo que sempre estejamos atualizando as informações e perspectivas de novos projetos”.
Para o ambientalista da Associação Cunhambebe, Roberto Francine, “o banco de dados é um instrumento muito interessante, que permite uma visão detalhada do município, que até então não tínhamos. Ele apresenta uma interface entre as legislações restritivas e a realidade do município, permitindo às ONGs planejar projetos, identificando previamente as áreas com maiores problemas ambientais”.
Para o prefeito de Ubatuba, Eduardo Cesar, “este é um instrumento importante, que teve um bom começo; agora precisamos investir em sua aplicação”. (Fonte: Assessoria de Comunicação – PMU)