Em comemoração ao Dia Nacional da Luta Antimanicomial, que acontece no dia 18 de maio, a Saúde Mental, órgão ligado à Prefeitura através da Secretaria Municipal de Saúde, realizará atividades entre esta e a próxima semana. Nesta quarta-feira, 16, cerca 50 pessoas, entre pacientes crônicos e severos, seus parentes, amigos e funcionários, fizeram um passeio para a Praia da Fortaleza. De 21 a 25 de maio, uma exposição de arte acontecerá no Sobradão do Porto, sede da Fundart. O objetivo dos eventos é promover a socialização e envolvimento dos pacientes com a comunidade.
As obras a serem expostas são resultado de atividades de arteterapia e terapia ocupacional desenvolvidas durante o tratamento. Em sua segunda edição, o nome da exposição é “Pintando o Setting”, um trocadilho que faz referência ao espaço terapêutico onde são realizadas as sessões de arte-terapia. Além de mostrar os trabalhos, o objetivo da exposição é promover uma reflexão sobre a condição das pessoas portadoras de transtornos mentais dentro da sociedade, ajudando a amenizar o preconceito.
Redescobrindo a vida
Para o psicólogo da Saúde Mental, Luiz Henrique Aparício, o envolvimento dos pacientes com a sociedade provoca neles um reconhecimento da identidade deles como cidadãos. »Muitos deles não vão à praia há anos, foram tolhidos de pequenos prazeres pelo fato de estarem doentes. Nossa intenção é provocar neles o resgate do essencial, a quebra do paradigma. O fato de poderem participar da organização do evento contribui para que encontrem o papel deles no mundo, como pessoas de valor.»
No caso da exposição, Luiz Henrique explica que a arte é um “veículo” capaz de transportar, de dentro para fora, diversas situações, sentimentos, sonhos, necessidades e anseios que as pessoas, geralmente, não conseguem expressar verbalmente. »Através da arte, as pessoas em tratamento reconhecem um novo valor em si mesmas, conseguem planejar e reorganizar sua realidade. Esse processo foge do padrão estético, porque traz à tona o inconsciente do indivíduo, que nem sempre é povoado por belas imagens. Elas se expressam sem se importar com o valor estético. Como resultado, temos a arte pura, simbólica, capaz de despertar grandes talentos.»
Quebrando preconceitos
As ações desenvolvidas pelo Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) estão de acordo com a reforma psiquiátrica e possibilitam a desospitalização no caso de pacientes graves e severos. A psicóloga Denise Janinni explica que ações como o “Pintando o Setting” fazem parte de um tratamento que cuida para que o indivíduo não seja excluído da sociedade por suas limitações. “Nós trabalhamos para que o paciente reconstrua sua identidade sem precisar ser estigmatizado. Dentro da arte, queremos trazer à tona o que eles têm de melhor, mostrar a eles próprios as suas potencialidades enquanto pessoas. A exposição tem um papel de dar a eles o direito de interagir e conviver com a sociedade. Ao mesmo tempo, nós queremos sensibilizar e estimular a reflexão os indivíduos ditos “normais”. A única forma de quebrar o preconceito é mostrar que as pessoas com sofrimento psíquico ou transtorno mental são ainda pessoas produtivas e atuantes. Não podemos tirar delas o direito de conviver. Ser aceito pela sociedade contribui sensivelmente para a sua melhora”.
Os profissionais do CAPS ressaltam a importância do envolvimento e da conscientização da comunidade. “Existe ainda muito preconceito em relação aos transtornos mentais. Qualquer pessoa está sujeita a passar por algum tipo de neurose em determinado momento da vida, provocado por uma grande perda ou pressão. É possível também, ter algum parente potencialmente psicótico. O preconceito provoca o distanciamento da cura”, diz o psicólogo Luiz Henrique Aparício.
A luta antimanicomial em Ubatuba
A arteterapia é apenas uma das ferramentas utilizadas pela equipe de Psicólogos e Psiquiatras da Saúde Mental e do CAPS para desenvolver as potencialidades, expressar emoções e restabelecer um equilíbrio psíquico. Fora isso, os pacientes aprendem os segredos da culinária, praticam esportes e participam de programas culturais e eventos sócio-educativos. Paralelamente, são realizados acompanhamentos clínicos, psicológicos, terapêutico-ocupacionais e farmacológicos. Graças a esse trabalho, Ubatuba tem, hoje, um dos menores índices de internações do Litoral Norte, contribuindo assim, com a Luta Antimanicomial.
Os serviços de Saúde Mental, atualmente, contam com uma equipe de cinco psicólogos, três psiquiatras, uma assistente social e uma enfermeira. Os atendimentos são feitos através do encaminhamento feito pelas equipes do Programa de Saúde da Família (PSF), que atuam nos bairros. (Fonte: Assessoria de Comunicação PMU)
Em comemoração ao Dia Nacional da Luta Antimanicomial, que acontece no dia 18 de maio, a Saúde Mental, órgão ligado à Prefeitura através da Secretaria Municipal de Saúde, realizará atividades entre esta e a próxima semana. Nesta quarta-feira, 16, cerca 50 pessoas, entre pacientes crônicos e severos, seus parentes, amigos e funcionários, fizeram um passeio para a Praia da Fortaleza. De 21 a 25 de maio, uma exposição de arte acontecerá no Sobradão do Porto, sede da Fundart. O objetivo dos eventos é promover a socialização e envolvimento dos pacientes com a comunidade.
As obras a serem expostas são resultado de atividades de arteterapia e terapia ocupacional desenvolvidas durante o tratamento. Em sua segunda edição, o nome da exposição é “Pintando o Setting”, um trocadilho que faz referência ao espaço terapêutico onde são realizadas as sessões de arte-terapia. Além de mostrar os trabalhos, o objetivo da exposição é promover uma reflexão sobre a condição das pessoas portadoras de transtornos mentais dentro da sociedade, ajudando a amenizar o preconceito.
Redescobrindo a vida
Para o psicólogo da Saúde Mental, Luiz Henrique Aparício, o envolvimento dos pacientes com a sociedade provoca neles um reconhecimento da identidade deles como cidadãos. »Muitos deles não vão à praia há anos, foram tolhidos de pequenos prazeres pelo fato de estarem doentes. Nossa intenção é provocar neles o resgate do essencial, a quebra do paradigma. O fato de poderem participar da organização do evento contribui para que encontrem o papel deles no mundo, como pessoas de valor.»
No caso da exposição, Luiz Henrique explica que a arte é um “veículo” capaz de transportar, de dentro para fora, diversas situações, sentimentos, sonhos, necessidades e anseios que as pessoas, geralmente, não conseguem expressar verbalmente. »Através da arte, as pessoas em tratamento reconhecem um novo valor em si mesmas, conseguem planejar e reorganizar sua realidade. Esse processo foge do padrão estético, porque traz à tona o inconsciente do indivíduo, que nem sempre é povoado por belas imagens. Elas se expressam sem se importar com o valor estético. Como resultado, temos a arte pura, simbólica, capaz de despertar grandes talentos.»
Quebrando preconceitos
As ações desenvolvidas pelo Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) estão de acordo com a reforma psiquiátrica e possibilitam a desospitalização no caso de pacientes graves e severos. A psicóloga Denise Janinni explica que ações como o “Pintando o Setting” fazem parte de um tratamento que cuida para que o indivíduo não seja excluído da sociedade por suas limitações. “Nós trabalhamos para que o paciente reconstrua sua identidade sem precisar ser estigmatizado. Dentro da arte, queremos trazer à tona o que eles têm de melhor, mostrar a eles próprios as suas potencialidades enquanto pessoas. A exposição tem um papel de dar a eles o direito de interagir e conviver com a sociedade. Ao mesmo tempo, nós queremos sensibilizar e estimular a reflexão os indivíduos ditos “normais”. A única forma de quebrar o preconceito é mostrar que as pessoas com sofrimento psíquico ou transtorno mental são ainda pessoas produtivas e atuantes. Não podemos tirar delas o direito de conviver. Ser aceito pela sociedade contribui sensivelmente para a sua melhora”.
Os profissionais do CAPS ressaltam a importância do envolvimento e da conscientização da comunidade. “Existe ainda muito preconceito em relação aos transtornos mentais. Qualquer pessoa está sujeita a passar por algum tipo de neurose em determinado momento da vida, provocado por uma grande perda ou pressão. É possível também, ter algum parente potencialmente psicótico. O preconceito provoca o distanciamento da cura”, diz o psicólogo Luiz Henrique Aparício.
A luta antimanicomial em Ubatuba
A arteterapia é apenas uma das ferramentas utilizadas pela equipe de Psicólogos e Psiquiatras da Saúde Mental e do CAPS para desenvolver as potencialidades, expressar emoções e restabelecer um equilíbrio psíquico. Fora isso, os pacientes aprendem os segredos da culinária, praticam esportes e participam de programas culturais e eventos sócio-educativos. Paralelamente, são realizados acompanhamentos clínicos, psicológicos, terapêutico-ocupacionais e farmacológicos. Graças a esse trabalho, Ubatuba tem, hoje, um dos menores índices de internações do Litoral Norte, contribuindo assim, com a Luta Antimanicomial.
Os serviços de Saúde Mental, atualmente, contam com uma equipe de cinco psicólogos, três psiquiatras, uma assistente social e uma enfermeira. Os atendimentos são feitos através do encaminhamento feito pelas equipes do Programa de Saúde da Família (PSF), que atuam nos bairros. (Fonte: Assessoria de Comunicação PMU)