Para algumas crianças, as últimas férias não significaram apenas descanso e diversão. Na praia de Maranduba, em Ubatuba, Litoral Norte de São Paulo, meninos e meninas aprenderam como cuidar das praias e da natureza. Orientados pelo casal Marcelo Marinello, 49, e Heloísa de Azevedo, 42, respectivamente o fundador e a presidente da ONG SOS Praias Brasil, os campistas do CCB (Camping Clube do Brasil) se engajaram no projeto de preservação ambiental da entidade, que existe desde 1999.
Marcelo e Heloísa chegaram na Maranduba em 28 de dezembro e ficaram acampados como convidados no CCB até o Carnaval. Em dois meses, realizaram várias atividades de conscientização ecológica, como coleta seletiva do lixo, distribuição de sacos plásticos oxibiodegradáveis, gincanas, teatro, apresentação de filmes institucionais, entre outras.
Esta foi a quinta vez que o casal esteve no local em três anos. Segundo Heloísa, o trabalho que realizaram nos anos anteriores deu resultado, pois a praia estava bem mais limpa. “A impressão foi boa. Nas outras vezes, tivemos até que rastelar a areia, de tão suja que estava. Acho que diminuiu bastante a quantidade de lixo, resultado da conscientização das pessoas, que estão colaborando mais”, comentou.
Todavia, as ações não ficaram somente na conscientização para a limpeza das praias. Graças à presença da ONG no local e dos olhares atentos das crianças, uma tartaruga-verde foi salva e devolvida ao seu habitat. Ela foi vítima das redes de pescas colocadas aleatoriamente no mar, onde, muitas vezes, levam à sua morte prematuramente. Ao ser capturada por um pescador, uma das crianças avisou ao Marcelo Marinello que entrou em contato com o Projeto Tamar, de Ubatuba.
Muita cansada e machucada no pescoço por um anzol, a tartaruga recebeu os “primeiros-socorros”, rodeada de crianças, até a chegada da equipe do Projeto Tamar. Já restabelecida, a espécie foi medida, pesada e etiquetada com um número para que possa ser monitorada pelos biólogos. Feito todos os cuidados, ela, finalmente, pôde retornar as águas tranqüilas de Maranduba.
Gincana ecológica - Uma gincana ecológica foi realizada com as crianças. Com o “lixo” recolhido entre palitos de sorvete e garrafas pet, elas aprenderam a construir barcos em miniatura. Só esses materiais retirados da areia representam menos poluição ao meio ambiente. Cada palito demora cinco anos para se decompor, enquanto a garrafa de plástico fica mais de 100 anos na natureza.
Depois da gincana, alguns se fantasiaram de “bitucão”, uma imitação de bituca de cigarro em tamanho gigante. A finalidade foi percorrer a praia para orientar os fumantes a jogarem suas bitucas no lixo, e não enterrá-las na areia, como acontece indevidamente. O gesto parece inofensivo, mas não é. Além da questão ecológica, já que a bituca leva dois anos para se decompor, há um outro problema muito sério. Seres marinhos, sobretudo tartarugas, costumam engolir os filtros de cigarro que são levados para o mar e acabam morrendo.
Preservação da ilha - O trabalho da SOS Praias Brasil também consistiu em preservar a ilha que fica em frente ao Camping Clube do Brasil, na Maranduba. A poucos metros da praia, a ilha desabitada chama a atenção pela beleza de suas árvores nativas e animais marinhos. É possível mergulhar e ver peixes coloridos, além de tartarugas e golfinhos. Porém, esse paraíso quase intocável estava sendo ameaçado pela visita dos turistas, que deixam lixo e levam conchinhas e pedras da ilha. Com a ação da ONG SOS Praias Brasil, isso está deixando de acontecer.
Para conhecer outras ações da SOS Praias Brasil, basta acessar o site da entidade www.sospraiasbrasil.org.br. Contato pelo telefone (11) 8428-3802.
Para algumas crianças, as últimas férias não significaram apenas descanso e diversão. Na praia de Maranduba, em Ubatuba, Litoral Norte de São Paulo, meninos e meninas aprenderam como cuidar das praias e da natureza. Orientados pelo casal Marcelo Marinello, 49, e Heloísa de Azevedo, 42, respectivamente o fundador e a presidente da ONG SOS Praias Brasil, os campistas do CCB (Camping Clube do Brasil) se engajaram no projeto de preservação ambiental da entidade, que existe desde 1999.
Marcelo e Heloísa chegaram na Maranduba em 28 de dezembro e ficaram acampados como convidados no CCB até o Carnaval. Em dois meses, realizaram várias atividades de conscientização ecológica, como coleta seletiva do lixo, distribuição de sacos plásticos oxibiodegradáveis, gincanas, teatro, apresentação de filmes institucionais, entre outras.
Esta foi a quinta vez que o casal esteve no local em três anos. Segundo Heloísa, o trabalho que realizaram nos anos anteriores deu resultado, pois a praia estava bem mais limpa. “A impressão foi boa. Nas outras vezes, tivemos até que rastelar a areia, de tão suja que estava. Acho que diminuiu bastante a quantidade de lixo, resultado da conscientização das pessoas, que estão colaborando mais”, comentou.
Todavia, as ações não ficaram somente na conscientização para a limpeza das praias. Graças à presença da ONG no local e dos olhares atentos das crianças, uma tartaruga-verde foi salva e devolvida ao seu habitat. Ela foi vítima das redes de pescas colocadas aleatoriamente no mar, onde, muitas vezes, levam à sua morte prematuramente. Ao ser capturada por um pescador, uma das crianças avisou ao Marcelo Marinello que entrou em contato com o Projeto Tamar, de Ubatuba.
Muita cansada e machucada no pescoço por um anzol, a tartaruga recebeu os “primeiros-socorros”, rodeada de crianças, até a chegada da equipe do Projeto Tamar. Já restabelecida, a espécie foi medida, pesada e etiquetada com um número para que possa ser monitorada pelos biólogos. Feito todos os cuidados, ela, finalmente, pôde retornar as águas tranqüilas de Maranduba.
Gincana ecológica - Uma gincana ecológica foi realizada com as crianças. Com o “lixo” recolhido entre palitos de sorvete e garrafas pet, elas aprenderam a construir barcos em miniatura. Só esses materiais retirados da areia representam menos poluição ao meio ambiente. Cada palito demora cinco anos para se decompor, enquanto a garrafa de plástico fica mais de 100 anos na natureza.
Depois da gincana, alguns se fantasiaram de “bitucão”, uma imitação de bituca de cigarro em tamanho gigante. A finalidade foi percorrer a praia para orientar os fumantes a jogarem suas bitucas no lixo, e não enterrá-las na areia, como acontece indevidamente. O gesto parece inofensivo, mas não é. Além da questão ecológica, já que a bituca leva dois anos para se decompor, há um outro problema muito sério. Seres marinhos, sobretudo tartarugas, costumam engolir os filtros de cigarro que são levados para o mar e acabam morrendo.
Preservação da ilha - O trabalho da SOS Praias Brasil também consistiu em preservar a ilha que fica em frente ao Camping Clube do Brasil, na Maranduba. A poucos metros da praia, a ilha desabitada chama a atenção pela beleza de suas árvores nativas e animais marinhos. É possível mergulhar e ver peixes coloridos, além de tartarugas e golfinhos. Porém, esse paraíso quase intocável estava sendo ameaçado pela visita dos turistas, que deixam lixo e levam conchinhas e pedras da ilha. Com a ação da ONG SOS Praias Brasil, isso está deixando de acontecer.
Para conhecer outras ações da SOS Praias Brasil, basta acessar o site da entidade www.sospraiasbrasil.org.br. Contato pelo telefone (11) 8428-3802.