2 de Julho de 2006
(AP Photo/ Lionel Cironneau)
A participação brasileira na Copa do Mundo da FIFA Alemanha 2006 chegou ao fim de maneira inesperada. Não que a derrota para o bom e experiente time da França seja uma surpresa, mas a maneira como foi. O Brasil que chegara como grande e absoluto favorito se despede da Alemanha sem ter mostrado o futebol que todos esperavam. Um futebol mágico apresentado não só por seus jogadores individualmente em seus clubes, mas que a própria seleção chegou a mostrar ao mundo, um ano antes, na final da Copa das Confederações, no mesmo estádio da partida contra a França, em Frankfurt.
O Brasil que entrou em campo no sábado foi diferente da formação que vinha sendo considerada titular pelo técnico Carlos Alberto Parreira desde o início da competição. Para a partida contra a França o treinador resolveu promover alterações que coincidiam com o apelo da torcida e a opinião da maioria da imprensa: Gilberto Silva substituiu Emerson, enquanto Juninho Pernambucano acabou entrando no time no lugar de Adriano. Dessa maneira, o jogador do Lyon atuou no meio de campo enquanto Ronaldinho Gaúcho foi deslocado para o ataque, fazendo dupla com Ronaldo.
As mudanças, que visavam dar maior dinamismo e movimentação a equipe, não surtiram efeito e o Brasil apresentou um ritmo bastante lento durante quase toda a partida, com exceção dos primeiro dez minutos.
O ritmo pernaneceu lento, quase enfadonho, e o Brasil jamais chegou a ameaçar a meta de Fabien Barthez. Além disso, um Zinédine Zidane inspirado foi responsável por um domínio total das ações por parte dos Bleus.
Foi uma pane geral, não só de um ou dois jogadores. Alguns porém ainda tiveram o reconhecimento dos torcedores por se destacarem positivamente, como o volante Zé Roberto, o goleiro Dida e o zagueiro Lúcio. Mas não foi suficiente.
Como Parreira havia previsto no dia anterior, a França apresentou uma filosofia de jogo muito parecida com a brasileira, ou seja, valorização da posse de bola, com algumas jogadas agudas em velocidade (especialmente em enfiadas para Ribery). É um esquema em que se tenta dominar o adversário afastando ao máximo de ser atacado, e apostando na criatividade dos craques da equipe para se criar as jogadas e definí-las. O problema para o Brasil é que os craques de camisa amarela estiveram adormecidos na partida, enquanto o maestro Zidane mostrou todo seu potencial. Não só ele, como Patrick Vieira teve grande participação, Ribery foi sempre perigoso e Henry foi o matador.
Na parte que se refere a manter o perigo distante da área, o Brasil até que foi bem em grande parte do jogo, já que a França, apesar do domínio, não teve muitas oportunidades claras de gol. Mas uma desatenção em uma cobrança de falta na entrada da área se mostrou fatal para a Seleção.
O técnico só atendeu aos pedidos da torcida que gritavam o nome de Robinho quando faltava cerca de dez minutos para o fim da partida. Junto com Cicinho, que substituira a Cafu, eles finalmente deram maior dinamismo ao time e o Brasil passou a ameaçar o gol de Barthez, mas no fim não houve tempo para que se alterasse o destino da partida.
Falta de “respeito”
Depois da partida, foi o autor do gol francês Thierry Henry quem contou o segredo para derrotar os temíveis brasileiros. “Para se jogar contra o Brasil, você não pode respeitá-los demais, se não eles acabam com você”. E foi com esse pensamento que a França desestabilizou os pentacampeões e os colocou para fora da competição.
Antigos favoritos ao título, o próprio técnico da Seleção, Carlos Alberto Parreira, confessou que ficou decepcionado com o resultado da partida. “Nós não nos preparamos para isso”, ele disse. “Temos um time tecnicamente muito bom, muito experiente, mas quando não se ganha o título é porque faltou alguma coisa. Nós tivemos dificultade, faltou um pouco mais de preparação na parte fisica e entrosamento”.
Para isso, no entanto, o atacante Robinho não pretende esquecer o que se passou em Frakfurt: “Tudo na vida é um aprendizado. Nós aprendemos quando ganhamos mas também se aprende quando se perde” disse ele, certamente já pensando em um dia poder mostrar o que aprendeu e finalmente realizar o sonho de ser campeão mundial.
Fonte: FIFAworldcup.com
(AP Photo/Ivan Sekretarev)
2 de Julho de 2006
(AP Photo/ Lionel Cironneau)
A participação brasileira na Copa do Mundo da FIFA Alemanha 2006 chegou ao fim de maneira inesperada. Não que a derrota para o bom e experiente time da França seja uma surpresa, mas a maneira como foi. O Brasil que chegara como grande e absoluto favorito se despede da Alemanha sem ter mostrado o futebol que todos esperavam. Um futebol mágico apresentado não só por seus jogadores individualmente em seus clubes, mas que a própria seleção chegou a mostrar ao mundo, um ano antes, na final da Copa das Confederações, no mesmo estádio da partida contra a França, em Frankfurt.
O Brasil que entrou em campo no sábado foi diferente da formação que vinha sendo considerada titular pelo técnico Carlos Alberto Parreira desde o início da competição. Para a partida contra a França o treinador resolveu promover alterações que coincidiam com o apelo da torcida e a opinião da maioria da imprensa: Gilberto Silva substituiu Emerson, enquanto Juninho Pernambucano acabou entrando no time no lugar de Adriano. Dessa maneira, o jogador do Lyon atuou no meio de campo enquanto Ronaldinho Gaúcho foi deslocado para o ataque, fazendo dupla com Ronaldo.
As mudanças, que visavam dar maior dinamismo e movimentação a equipe, não surtiram efeito e o Brasil apresentou um ritmo bastante lento durante quase toda a partida, com exceção dos primeiro dez minutos.
O ritmo pernaneceu lento, quase enfadonho, e o Brasil jamais chegou a ameaçar a meta de Fabien Barthez. Além disso, um Zinédine Zidane inspirado foi responsável por um domínio total das ações por parte dos Bleus.
Foi uma pane geral, não só de um ou dois jogadores. Alguns porém ainda tiveram o reconhecimento dos torcedores por se destacarem positivamente, como o volante Zé Roberto, o goleiro Dida e o zagueiro Lúcio. Mas não foi suficiente.
Como Parreira havia previsto no dia anterior, a França apresentou uma filosofia de jogo muito parecida com a brasileira, ou seja, valorização da posse de bola, com algumas jogadas agudas em velocidade (especialmente em enfiadas para Ribery). É um esquema em que se tenta dominar o adversário afastando ao máximo de ser atacado, e apostando na criatividade dos craques da equipe para se criar as jogadas e definí-las. O problema para o Brasil é que os craques de camisa amarela estiveram adormecidos na partida, enquanto o maestro Zidane mostrou todo seu potencial. Não só ele, como Patrick Vieira teve grande participação, Ribery foi sempre perigoso e Henry foi o matador.
Na parte que se refere a manter o perigo distante da área, o Brasil até que foi bem em grande parte do jogo, já que a França, apesar do domínio, não teve muitas oportunidades claras de gol. Mas uma desatenção em uma cobrança de falta na entrada da área se mostrou fatal para a Seleção.
O técnico só atendeu aos pedidos da torcida que gritavam o nome de Robinho quando faltava cerca de dez minutos para o fim da partida. Junto com Cicinho, que substituira a Cafu, eles finalmente deram maior dinamismo ao time e o Brasil passou a ameaçar o gol de Barthez, mas no fim não houve tempo para que se alterasse o destino da partida.
Falta de “respeito”
Depois da partida, foi o autor do gol francês Thierry Henry quem contou o segredo para derrotar os temíveis brasileiros. “Para se jogar contra o Brasil, você não pode respeitá-los demais, se não eles acabam com você”. E foi com esse pensamento que a França desestabilizou os pentacampeões e os colocou para fora da competição.
Antigos favoritos ao título, o próprio técnico da Seleção, Carlos Alberto Parreira, confessou que ficou decepcionado com o resultado da partida. “Nós não nos preparamos para isso”, ele disse. “Temos um time tecnicamente muito bom, muito experiente, mas quando não se ganha o título é porque faltou alguma coisa. Nós tivemos dificultade, faltou um pouco mais de preparação na parte fisica e entrosamento”.
Para isso, no entanto, o atacante Robinho não pretende esquecer o que se passou em Frakfurt: “Tudo na vida é um aprendizado. Nós aprendemos quando ganhamos mas também se aprende quando se perde” disse ele, certamente já pensando em um dia poder mostrar o que aprendeu e finalmente realizar o sonho de ser campeão mundial.
Fonte: FIFAworldcup.com
(AP Photo/Ivan Sekretarev)