No próximo dia 24, sábado, acontece o “IX Filhos da Ilha”, um encontro dos remanescentes da rebelião do presídio da Ilha Anchieta, que acontece anualmente, para relembrar o trágico acontecimento de 1952. O que antes era motivo de tristeza, hoje é um evento marcado pela solidariedade, paz e emoção. Familiares de pessoas que viveram, trabalharam ou estiveram presas na época, se reúnem para não deixar que a história se perca.
O evento, que teve início num encontro em Taubaté com 63 pessoas, nessa edição contará com, aproximadamente 400 pessoas, que lotarão cerca de dez escunas em busca de um resgate social e histórico, além da confraternização e um belo passeio marítimo. A partida acontecerá às 8h e a previsão de chegada na Ilha é às 9h, com direito uma recepção orquestrada com a Banda Lira Padre Anchieta, culto ecumênico, exibição de filmes e outros programas.
O resgate da história
O organizador do “Filhos da Ilha” é um tenente que nada tem a ver com a rebelião na Ilha, senão a paixão pela história e uma série de coincidências que o levaram promover esses encontros. “Não planejei nada, foi acontecendo naturalmente”, afirma o Tenente Samuel Messias de Oliveira. Ele não trabalhou no Instituto Correcional da Ilha Anchieta, que foi o primeiro presídio de segurança máxima do estado de São Paulo, mas trabalhou em diversos outros presídios, como o Carandiru, a Febem e o Instituto de Reeducação de Tremembé. Neste último, conheceu João Pereira Lima, o líder da rebelião e teve contato com policiais e soldados. Antes disso, havia lido o livro “Motim na Ilha”, que representou seu primeiro contato com a história.
Mais tarde, o tenente resolveu ir conhecer a Ilha “pessoalmente” e encontrou o presídio em ruínas, bem como a sua história, como se fosse algo a ser esquecido. A partir disso, começou a pesquisar e escrever a história em jornais e livros, para homenagear os sobreviventes. Samuel conta que, a princípio, era muito doloroso para os sobreviventes resgatar esse passado traumático, lembrar do massacre que deu origem a um filme italiano denominado “Mãos Sangrentas”, do qual seus pais, em sua maioria, eram personagens. “No primeiro encontro, quando exibi o filme da minha primeira visita à Ilha, muitas pessoas se emocionaram, passaram mal, mas aos poucos, eles foram reassumindo sua história. Hoje eles têm orgulho de serem descendentes do povo da Ilha. O encontro “Filhos da Ilha” representa um resgate espiritual, psicológico e social, onde histórias vêm à tona, as mágoas são dissipadas e o que predomina é a emoção e a solidariedade.
A Prefeitura de Ubatuba apóia o evento, que é aberto ao público. Quem tiver interesse em participar e conhecer um pouco mais da história, deve estar no píer do Saco da Ribeira por volta das 7h. O transporte será feito pela empresa Mykonos, por um preço promocional de R$ 10.
Confira a programação e participe!
8h - Partida do Saco da Ribeira (Ubatuba)
9h - Chegada na Ilha Anchieta
9:10h - Coral e Banda
10:10h - Culto ecumênico
11h - Coroa de flores na Santa Cruz do PM Laurindo
11:30h - Lanche
13h - Filme documentário Unitau
13:30h - Reunião da Comissão Pró-resgate Histórico
14h - Depoimento dos filhos da ilha
15h - Ilha Anchieta hoje
16h - Encerramento
16:30h – Retorno
(Fonte: Assessoria de Comunicação PMU)
A foto se refere às comemorações do ano passado
No próximo dia 24, sábado, acontece o “IX Filhos da Ilha”, um encontro dos remanescentes da rebelião do presídio da Ilha Anchieta, que acontece anualmente, para relembrar o trágico acontecimento de 1952. O que antes era motivo de tristeza, hoje é um evento marcado pela solidariedade, paz e emoção. Familiares de pessoas que viveram, trabalharam ou estiveram presas na época, se reúnem para não deixar que a história se perca.
O evento, que teve início num encontro em Taubaté com 63 pessoas, nessa edição contará com, aproximadamente 400 pessoas, que lotarão cerca de dez escunas em busca de um resgate social e histórico, além da confraternização e um belo passeio marítimo. A partida acontecerá às 8h e a previsão de chegada na Ilha é às 9h, com direito uma recepção orquestrada com a Banda Lira Padre Anchieta, culto ecumênico, exibição de filmes e outros programas.
O resgate da história
O organizador do “Filhos da Ilha” é um tenente que nada tem a ver com a rebelião na Ilha, senão a paixão pela história e uma série de coincidências que o levaram promover esses encontros. “Não planejei nada, foi acontecendo naturalmente”, afirma o Tenente Samuel Messias de Oliveira. Ele não trabalhou no Instituto Correcional da Ilha Anchieta, que foi o primeiro presídio de segurança máxima do estado de São Paulo, mas trabalhou em diversos outros presídios, como o Carandiru, a Febem e o Instituto de Reeducação de Tremembé. Neste último, conheceu João Pereira Lima, o líder da rebelião e teve contato com policiais e soldados. Antes disso, havia lido o livro “Motim na Ilha”, que representou seu primeiro contato com a história.
Mais tarde, o tenente resolveu ir conhecer a Ilha “pessoalmente” e encontrou o presídio em ruínas, bem como a sua história, como se fosse algo a ser esquecido. A partir disso, começou a pesquisar e escrever a história em jornais e livros, para homenagear os sobreviventes. Samuel conta que, a princípio, era muito doloroso para os sobreviventes resgatar esse passado traumático, lembrar do massacre que deu origem a um filme italiano denominado “Mãos Sangrentas”, do qual seus pais, em sua maioria, eram personagens. “No primeiro encontro, quando exibi o filme da minha primeira visita à Ilha, muitas pessoas se emocionaram, passaram mal, mas aos poucos, eles foram reassumindo sua história. Hoje eles têm orgulho de serem descendentes do povo da Ilha. O encontro “Filhos da Ilha” representa um resgate espiritual, psicológico e social, onde histórias vêm à tona, as mágoas são dissipadas e o que predomina é a emoção e a solidariedade.
A Prefeitura de Ubatuba apóia o evento, que é aberto ao público. Quem tiver interesse em participar e conhecer um pouco mais da história, deve estar no píer do Saco da Ribeira por volta das 7h. O transporte será feito pela empresa Mykonos, por um preço promocional de R$ 10.
Confira a programação e participe!
8h - Partida do Saco da Ribeira (Ubatuba)
9h - Chegada na Ilha Anchieta
9:10h - Coral e Banda
10:10h - Culto ecumênico
11h - Coroa de flores na Santa Cruz do PM Laurindo
11:30h - Lanche
13h - Filme documentário Unitau
13:30h - Reunião da Comissão Pró-resgate Histórico
14h - Depoimento dos filhos da ilha
15h - Ilha Anchieta hoje
16h - Encerramento
16:30h – Retorno
(Fonte: Assessoria de Comunicação PMU)
A foto se refere às comemorações do ano passado