A Prefeitura de Ubatuba e o IG (Instituto Geológico), com o apoio da FAPESP
((Fundação Amparo à Pesquisa no Estado de São Paulo)
promoveram na última sexta-feira e sábado o II Workshop do projeto
“Diretrizes para a regeneração sócio-ambiental de áreas
degradadas por mineração de saibro em Ubatuba.
Realizado no Centro de Visitantes do Núcleo Picinguaba do Instituto
Florestal, o workshop abordou as dificuldades e quais as soluções
para a mineração em Ubatuba, onde buscou-se discutir e apontar
o papel e as estratégias da Prefeitura para a gestão da mineração
de saibro no município, incluindo recuperação sócio-ambiental
das áreas degradadas, produção sustentável para
atender a demanda local e redução dos riscos à população.
Dentre as soluções foi sugerido que a Prefeitura use o regime
de extração mineral, que não necessita de licença,
mas apenas de uma comunicação ao DNPM (Departamento Nacional de
Produção Mineral). Esse regime permite que o material retirado
seja usado nas imediações para conservação de vias
públicas. Para isso é necessário que a Prefeitura tenha
em seu quadro funcional um geólogo.
Durante o workshop foram formados quatro grupo de trabalhos, sendo o de representantes
do Município, Estado e União, Setor Produtivo e Sociedade Civil.
No próximo ano será realizado o último worshop para finalizar
os trabalhos.
Representando a Prefeitura de Ubatuba estiveram o vice-prefeito Domingos dos
Santos, o secretário de Arquitetura e Urbanismo Rafael Ricardi Irineu,
o secretário de Meio Ambiente Paulo Xri, a Assessora de Assuntos Externos
Denise Martins Silveira e o Assessor de Assuntos Comunitários, René
Nakaya. Rafael Ricardi e Denise Martins foram palestrantes.
Problema antigo
A exploração de areia, barreiro e granito verde em Ubatuba, nas
últimas quatro décadas, sempre se deu de forma desordenada e sem
compromisso com a correta finalização da lavra (local de extração),
ocasionando grandes impactos ambientais. Segundo o IG, desde a década
de 80, o Poder Público limitou completamente os locais de extração,
mas até hoje não conseguiu recuperar as áreas degradadas
pelo uso incorreto. Ainda de acordo com o Instituto Geológico, aliam-se
a isso, a estagnação do setor formal de extração
de saibro, frente às dificuldades financeiras, legais e ambientais e
a crescente ocupação urbana desordenada em áreas mineradas,
o que induz, respectivamente, a extração informal para atender
a demanda e o surgimento de áreas de risco. Hoje a extração
de saibro e areia em Ubatuba ainda é praticada de forma clandestina e
utilizada por particulares. (Fonte: Assessoria de Comunicação
Social/PMU)