Na tarde do último dia 6, representantes locais de vários segmentos estiveram reunidos na prefeitura para discutir os futuros rumos da Guarda Mirim, pois seu estatuto é conflitante com o que preconizam o ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente) e o CMDCA (Conselho Municipal dos Diretos da Criança e do Adolescente). Devido a uma ação do Ministério Público do Trabalho proibindo o trabalho infantil, a diretoria tem que encontrar um meio de manter a atividade profissional de seus membros, os quais têm que ser caracterizados como aprendizes. “Como está não dá para continuar. Precisa ter uma nova lei para que não se perca todo o trabalho da Guarda Mirim”, sentenciou dr. Adriano, representante da OAB. Tenente Pereira, presidente da Guarda Mirim há 18 anos, disse que os componentes são como assistidos, são estagiários. “A justiça autoriza o menor a trabalhar e estudar, condição sine qua non para ser guarda. Temos necessidade de escolas de formação profissional e trabalhar com despesas reduzidas para o empregador. Não quero menino batendo carimbo, quero aprendendo”, exigiu. Depois de discutirem várias idéias, conclui-se que a diretoria da Guarda Mirim encaminha seu projeto de escola profissionalizante e o Executivo elabora o projeto para que a Câmara aprove a autorização de convênios e oficializa o Ministério Público até o próximo dia 27, quando expira o prazo. Enquanto isso, a Associação Comercial entra em estudos com a escola Degrau, que tem larga experiência neste sentido, e aciona o Senai e Sebrae e a Guarda Mirim revê o seu estatuto, adequando-o às novas exigências legais. A Guarda Mirim foi fundada em 9 de junho de 1966, portanto, está com 39 anos. Para comemorar o aniversário, promoveu almoço com integrantes e convidados neste domingo, dia 12, na sua sede, à rua Pinheiros, 120 – Estufa II. Mais informações sobre a Guarda Mirim: fone 3833.1119 ou guardamirimdeubatuba@ig.com.br