O instrutor Juliano, residente há três anos e meio no bairro do Perequê-Açu, usou a tribuna popular, na sessão da Câmara Municipal da última terça-feira, dia 24, para alertar a população e as autoridades, inclusive os vereadores, para o grave problema de cães considerados ferozes, como os das raças Pitt Bull e Hot Valley, soltos pelas ruas da cidade.
narrou vários casos de ataques destes cães a crianças e até aos próprios donos e explicou que eles foram criados há trezentos anos para enfrentar os ursos que estavam atacando fazendas de gado na Europa, por isso, têm uma força extraordinária.
O instrutor é de nacionalidade japonesa, mas naturalizado brasileiro, e já viveu em quatro países da Europa. “Mas sinto orgulho de morar em Ubatuba e estou muito emocionado por esta chance de expor minha preocupação nesta tribuna, que é aberta a todos os munícipes”, comentou.
Ele também pediu que os cães usassem focinheiras e enforcadeiras quando saírem nas ruas e foi alertado que já existe lei neste sentido.
Ele foi ouvido atentamente pela platéia, onde estavam presentes mais de cinqüenta alunos do curso de suplência (6ª e 7ª séries) da Escola Esteves da Silva, acompanhados pelo monitor Carlos Alberto de Souza Mendes, professor da disciplina de Língua Portuguesa.
O professor explicou à equipe do “Opinião” que a visita à Câmara Municipal faz parte de um projeto seu de conscientização da cidadania, onde o aluno fica ciente de seus direitos e deveres e também do desempenho dos vereadores. “Depois, eles farão uma dissertação com interpretação e poderei avaliar o que eles realmente entenderam sobre o que foi discutido aqui”, explicou.
Dos seis projetos constantes na ordem do dia, dois foram retirados pelo autor: o que estabelece prazo de trinta dias para que o proprietário de obra em infração proceda a sua regularização sem prejuízo da continuidade do trabalho e o que dispõe sobre o comércio expansionista, ambos do vereador Gerson de Oliveira (PMDB).

O projeto nº 40/05, de Jairo dos Santos (PT), que institui a urna do povo, foi aprovado por unanimidade. O autor do projeto disse que este é um antigo anseio da comunidade, que terá mais um instrumento para fazer suas reclamações e reivindicações.
Dentre as moções aprovadas, duas do vereador Ricardo Cortes (PV) foram de apelo para que se determine a suspensão da utilização do Arquipélago de Alcatrazes como raia de treinamento de exercícios de tiro da Marinha do Brasil.
Os outros pedidos de informação e requerimentos foram aprovados por unanimidade.